Dica de leitura: A História do Power Violence!
Bah! Estou de volta pra deixar uma dica de leitura ótima, preparem-se para conhecer a História do Power Violence, isso mesmo!! Tem muita gente que não conhece e desejam conhecer e entrar nesse mundo maravilhoso, para aqueles que já conhecem merece sempre a re-leitura e vejam alguns capítulos que deixaram passar ou mesmo que não lembre de alguma coisa, enfim, vou deixar todo o texto disponível aqui!
![]() |
Cala a boca e faça silêncio para a leitura! rsrs |
O texto a seguir tem todos os créditos aos meus amigos Allan e Robinho, eles que proporcionaram a tradução do texto do inglês em seus blogs: https://sonidosrabiosos.blogspot.com/2014/07/a-historia-do-power-violence-parte-1.html / http://mutanteirracional.blogspot.com/2009/10/o-que-e-isso-power-violence.html.
Boa leitura!!
A História do Power Violence by Allan (Sonidos Rabiosos):
O
Power Violence (ou PV ou Powerviolence) é um termo empregado originalmente para
definir a sonoridade de um conjunto limitado de bandas, especialmente às
californianas do fim dos anos 80 e início dos 90, tendo como principais
representantes o Infest, No
Comment, Capitalist
Castualties, Neanderthal,
Manpig, Man
Is The Bastard, Crossed
Out e em seguida também Spazz, Lack
Of Interest, Despise
You. A maioria destas bandas apresentava características semelhantes, como
um hardcore ultra rápido e agressivo intercalado com passagens cadenciadas,
quebras de ritmo, vocais urrados, letras sérias e negativas, artes de álbuns
com imagens simples e monocromáticas e o espírito do "faça você
mesmo".
O
início deste tipo de som é muito atribuído ao Infest, porém, é importante citar
algumas bandas que influenciaram tanto o Infest quanto muitas outras que viriam
em seguida:
- A
velocidade de bandas como D.R.I., Deep Wound, Lärm e Neos;
- O
hardcore de Boston de bandas como: Negative FX em seu álbum de 1982. O Impact
Unit com seu EP My Friend The Pit, cuja música Nighstalker é muito semelhante à
sonoridade e estrutura das músicas de power violence, tendo partes rápidas em
contraste com outras arrastadas, lembrando muito o Crossed Out, que inclusive
tocava esta música. Podendo assim ser perfeitamente uma grande influência. O
DYS em seu disco The Kids Have Their Say.
-
Bandas youth crew como Youth Of Today, cujo vocal lembra bastante o do Infest.
Também
não podemos esquecer do Siege, com sua demo de 1984, uma destruição sonora que
foi influência clara para a criação do power violence, thrashcore e grindcore.
Com
estas influências, o Infest nasceu em 1986 e criou seu som bruto e rápido,
ainda sem muitas quebras de ritmo, mas com um tipo de vocal urrado que iria se
tornar uma das marcas registradas do power violence. Gravaram algumas demos em
1987 mostrando a que vieram.
Eric
Wood (PHC, Neanderthal, Man Is The Bastard, Bastard Noise): "Morando
no sul da Califórnia, eu tive a sorte de ver o Infest tocar várias vezes. Eles
eram foda! A primeira demo tinha uma qualidade sonora primitiva, mas você podia
sentir que tudo estava ali, a emoção e a velocidade. Eram uma grande banda e
todos os amavam! Uma pena que ela acabou!"
Chris
Dodge (Spazz, Despise You, Low Threat Profile, Slap A Ham Records): "Eu
vi o Infest pela primeira vez em 1988. Ninguém sabia quem eles eram e eu acho
que muita gente ficou confusa. Eles eram mais sérios e rápidos que muitas
bandas, mesmo em 1988. Eu realmente gostava deles, e catei a demo logo
depois."
Em
1987 foi formado o No Comment que logo lançou sua demo tape. Eles faziam um som
rápido e bem executado, muito influenciado pelos primeiros EPs do D.R.I. e com
muitas quebras de ritmo. Em
1988 saiu pelo selo suíço Off The Disk, o clássico LP "Slave" do
Infest, um dos melhores registros do hardcore, contando com as músicas de um EP
lançado no mesmo ano, além de outras oito faixas. Neste
momento o Capitalist Casualties dá os seus primeiros passos e grava uma demo
tape com 26 sons ao vivo no Gilman Street, indo totalmente de encontro com o
D.R.I. do início, ainda sem apresentar tanta velocidade.
Dodge: "Eu
comecei o selo para ajudar bandas que eu gostava e não estavam tendo o
reconhecimento que mereciam. O No Use For A Name foi uma delas. Quando eu
lancei o 7" deles, eu não estava mais na banda, mas eu ainda queria
ajudá-los porque achava que eles eram ótimos. Eles não haviam despertado o
interesse de outros selos. O mesmo com os Melvins, eu fiquei amigo deles quando
se mudaram de Washington para San Francisco. Não havia muito interesse na
banda, eles tocavam em pequenos lugares para poucas pessoas. Meu foco principal
passou a ser aquilo que estava se tornando a cena de power violence. Eu gostava
da música e das pessoas das bandas, mas também ainda não haviam sido
reconhecidas. Bandas como Capitalist Casualties e No Comment já existiam há
cerca de cinco anos sem nenhum selo interessado para lançar seus discos. Eu não
podia acreditar o quão boas estas bandas eram e fiquei impressionado como não
haviam conseguido ninguém para ajudá-los a lançarem seus álbuns”.
Esta
parceria entre o Infest e o Pissed Happy Children deu origem, ainda em 1989, ao
Neanderthal, unindo Matt Domino, guitarrista do Infest com Eric Wood, baixista
do PHC. A velocidade do Infest foi incrementada às passagens cadenciadas e o
baixo trabalhado do PHC, dando origem de fato à sonoridade e ao nome
"power violence". Este termo saiu de uma brincadeira, em um ensaio do
Neanderthal onde Matt buscava um novo rótulo para definí-los como algo
diferente e brutal. As características mais significativas do power violence
estavam presentes no Neanderthal, que não chegou a fazer shows, mas foi o ponto
de partida para o surgimento de outras bandas.
Eric
Wood: "Eu e Matt Domino tínhamos origens diferentes. Eu sou um pouco
mais velho do que Matt e eu fui criado com coisas como Mahavishnu Orchestra,
Alice Cooper do início, depois Raw Power, Zero Boys, Toxic Reasons, e então
Infest. No Neanderthal, nós não tínhamos muitas influências diretas, nós apenas
tentamos tocar. Tentamos ser malucos em nossas mentes e desenvolver nosso
próprio som. Eu estava no PHC e ele ainda estava no Infest, ao mesmo tempo, eu
também estava tocando em uma banda instrumental chamada Cyclops, apenas com
baixo e bateria."
"Algumas
partes do 7" Fighting Music do Neanderthal pegaram os tempos e os durações
dos sons do Grindcore ("Built for brutality", tem apenas 16
segundos), mas sem as influências metálicas óbvias das bandas Grind da Earache.
As partes rápidas devem muito ao hardcore punk, enquanto o metal influenciou as
partes arrastadas e pesadas, e também as partes progressivas."
"O
'Kubby Hole' em Pomona, CA, onde o Neanderthal ensaiava, foi o lugar onde
'power violence' foi dito pela primeira vez, no final de 89. Devo dar todos os
créditos a Matt Domino. Nós estávamos falando algo do tipo, 'Precisamos entrar
com nossa própria parada, não queremos ser agrupados no hardcore, punk e nenhum
outro gênero'. Queríamos aparecer com nossa própria descrição do nosso som, e
do nada Matt Domino disse 'fuckin' power violence'. E então ficou assim 'west
coast power violence'. Tentamos dar um senso de humor, tipo 'nossa localização
geográfica é melhor que a sua', e também passar uma imagem bem séria e
brutal."
Evan
Garner (Burned Up Bled Dry): “Eu acho que o power violence
representou o lado DIY do grindcore, bandas como nós que cresceram ouvindo
Black Flag, D.R.I. antigo, C.O.C. antigo, coisas do tipo, enquanto o Grindcore
representou uma lado mais death metal, o lado Napalm Death - não que o Scum não
seja um dos meus albuns preferidos! É mais uma parada punk do que uma metal:
shows em porões, ética DIY, poucos mas perfeitos discos”.
Os
lançamentos do Neanderthal foram o clássico EP Fighting Music (Slap A Ham,
1990) e os splits EP com Blatant Yobs (Old Word Records, 1991) e Rorschach
(Vermiform, 1991), totalizando uma discografia com apenas 8 músicas. Nas
gravações, chegaram a contar com a participação de Joe Denunzio, do Infest e
Joel Connen, que faria parte do Man Is The Bastard.


Já o Man Is The Bastard
é um caso à parte dentro deste seleto grupo de bandas. Mesmo que tivesse
as características do power violence, foi a banda mais experimental e
totalmente fora do convencional, tendo dois baixistas, ruídos eletrônicos e
músicas muito mais longas que o habitual. Foi formada por Eric Wood, Joe
Connell e Shawn Connell do Pissed Happy Children, mantendo bastante da
sonoridade desta banda, assim como do próprio Neanderthal, além do Cyclops,
outra banda de Eric Wood e Joe Connell. Mais tarde Andy Beattie do No Comment
integrou-se à banda como um dos vocalistas. A proposta principal, além do som
agressivo, era de passar mensagens sérias e extremamente politizadas. A
música "H.S.M.P." ("Hispanic small man power"), do split
com a banda Aunt Mary, foi a primeira música a utilizar o termo "power
violence" como um movimento. A música narrava os acontecimentos de um show
do Man Is The Bastard e em seu começo eram citadas algumas bandas
referenciando-as ao West Coast Power Violence:
"Crossed
Out, No Comment, Manpig, Capitalist Casualties, Man Is The Bastard. West Coast
Power Violence. Let's Fucking Go!"
Eric
Wood: "Naquela noite, havia muita besteira sendo falada e muitas
brigas em uma área do público. Um pequeno homem hispânico, um cara ranchero
estava no bar, todo tranquilo, se levantou a foi até a microfone (não sei como
ele conseguiu pegar o microfone, mas enfim) e disse 'Por favor! Por favor!
Todos devemos ser amigos!' Ele entrou dentro desse clima violento em uma
tentativa de acalmar a todos, e realmente conseguiu. Ele conseguiu quebrar o
clima tenso no show sendo um estranho se jogando no meio de um grupo
estrangeiro e espalhando boas maneiras. Quando Aaron Kenyon viu isso, ele
surtou! Nisso, Kenyon citou o quinteto première power violence que dava forma
ao movimento: Crossed Out, No Comment, Manpig, Capitalist Casualties e Man Is
The Bastard. Essas eram as bandas que existiam e que eram power
violence."
Para
alguns dos antigos, o PV é representado apenas por estas bandas. Mas sabemos
que o PV é algo difícil de definir, assim como a definição de um filme trash,
por exemplo. Cada um tem sua percepção.
O
Man Is The Bastard teve a discografia mais extensa do PV, mas acabou começando
a querer ir mais para o lado experimental, com elementos eletrônicos até vir a
culminar no Bastard Noise, banda que surgiu como projeto paralelo do MITB e
segue tocando até hoje.
São
vários os álbuns do MITB relevantes e recomendados, como:
-
Split EP com o Pink Turds in Space (Slap A Ham, 1991);
-
Sum of the Men ''The Brutality Continues...'' LP (Vermiform, 1991);
-
Abundance of Guns 7'' EP (SOA Records);
-
Split EP com Crossed Out (Slap A Ham, 1992);
-
Split EP com Pink Flamingos (Farewell, 1993);
-
Split LP com Capitalist Casualties 12'' (Six Weeks, 1994);
-
Thoughtless LP (Gravity, 1995);
-
Mancruel cd (Deep Six, 2000).
Além
de duas coletâneas em CD com músicas de vários álbuns: D.I.Y.C.D (Slap A
Ham/Deep Six, 1995) e Sum Of The Men 'The Brutality Continues...' (Vermiform,
1996).
Professor
Cantaloupe (Gasp): "O MITB tinha uma pegada artística na
dicotomia do powerviolence, na medida em que abraçou paz, amor, igualdade e
respeito a todos os seres vivos como a prioridade número um, enquanto tocavam
um som agressivo no estilo 'Eu vou chutar o seu traseiro'".
Goretex (Sem
Phixion): "MITB é uma daquelas bandas como Crass ou Black Flag para
mim, não só por terem sido tão brutais, você realmente sentia que eles
acreditavam no que estavam falando".

Em
1991 o Infest solta mais um EP, chamado Infest, lançado pela Draw Blank que
mais tarde, em 2006, foi ampliado para o LP 10" Mankind (Draw Blank e Deep
Six), com algumas músicas a mais. Também foi gravado um show na rádio KXLU e
foi lançado em 2001 em LP 12" pela Deep Six e Draw Black Records.
Em
1992, sai pela Slap A Ham um dos principais registros do power violence: o EP
Downsided do No Comment. Que é simplesmente perfeito, com excelente qualidade
de gravação e técnica dos músicos, letras depressivas e o vocal enfurecido de
Andy Beattie. Um álbum indispensável para os apreciadores do gênero e que foi,
juntamente com o Common Senseless, relançado pela Deep Six recentemente.
Dodge: "O No
Comment era um enigma. Eu tive a oportunidade de conseguir a demo deles e se
tornou um dos meus favoritos, mas eu achava que eles tinham se separado. Muitos
anos atrás eu estava fazendo review de algumas coisas para a Maximumrocknroll e
uma cópia do primeiro EP chegou até mim. Eu não acreditava que eles continuavam
tocando, então imediatamente escrevi para eles, pois eu queria ajudá-los a
lançar mais material. Downsided estava previsto para ser um LP, mas eles
acabaram gravando apenas seis minutos de música, então acabou tornando-se um
7" EP. É um dos meus álbuns favoritos de todos os tempos. "
Andy
Nolan (The Endless Blockade): "Power violence é a música que
realmente me atraiu durante o início até meados dos anos 90. Ele cortou o papo
furado e devastou tudo em seu caminho, ele sintetizou Heresy, Neos, Ripcord,
Lärm, Impact Unit e muitos outros grandes nomes perfeitamente, atualizando-os
para uma nova era e sempre mantendo um olho sobre as raízes que cresceram
antes. Quanto a estar alinhado com power violence, eu diria que somos uma banda
de power violence de influência, ou uma banda de neo-powerviolence. Meu disco
favorito da época é definitivamente Downsided do No Comment. Você não pode
fingir aquela raiva desesperada."
Beau
Beasley (Insect Warfare): "De todas as bandas da primeira onda
do power violence, o No Comment foi a que teve o maior impacto para mim. Eles
pegaram todas as coisas que eu gostava do D.R.I. e elevaram à velocidade da
luz. Dos quatro grandes, eles são os menos discutidos, mas eles sempre
serão os meus favoritos. Bem, eles e o Crossed Out, é claro. O Crossed Out é o
deus obscuro do power violence."
1992
foi um ano importante para o power violence com mais dois splits do Crossed
Out, o EP 5" com o Dropdead e o EP 7" com o Man Is The Bastard, com
suas gravações mais brutais. Também em 1992, o Manpig gravava algumas músicas
que acabaram perdidas e, após muito tempo, foram regravadas e lançadas em 2012
pela Deep Six, como o LP The Grand Negative. O Manpig foi uma espécie de
continuação do Infest, com a parada da banda em 1991, com Matt Domino nos
vocais e guitarras e RD Davies na bateria.


Os
outros splits do Lack Of Interest foram com o Spazz (1997, Deep Six), com
Stapled Shut (1997, Deep Six), o primeiro full length, Trapped Inside, de 1999
(Slap A Ham), o segundo CD/LP Never Back Down (2005, Deep Six), o split EP com
o Weekend Nachos (2012, Deep Six) e mais recente, o split CD/LP com o Bastard
Noise.


Wood: "A
primeira edição se destaca na minha mente, porque foi o primeiro, foi um
conceito novo, e eu acredito que nenhuma outra vez houve uma programação tão
boa. Eu tive que tocar duas vezes, com o MITB e o Crossed Out, mas foi a dupla
função mais prazerosa que eu já tive."

Em
1993, Max Ward (Plutocracy) e Dan se juntam a Chris Dodge (Slap A Ham) e formam
o Spazz. Dodge também havia tocado no Stikky e até No Use For a Name! O Spazz é
considerado da segunda onda do power violence e foi a primeira banda a romper a
seriedade, adotando uma postura mais bem humorada e sarcástica, com elementos
de hip hop, skate, filmes B, mas ainda assim sem perder a agressividade. Também
foi a primeira deste "estilo" a contar com dois vocalistas.

Chris
Dodge: "Eu estava querendo começar uma outra banda thrash como um
louco, mas não conhecia ninguém que estava livre pra começar uma, isso até
depois do primeiro Fiesta Grande. Max Ward do Plutocracy citou uma banda de
fastcore que ele estava começando junto com o Dan Bolleri do Sheep Squeeze, e
disse que eles precisavam de um baixista. Max e Dan já tinham feito 10 sons,
então nós ensaiamos eles uma vez, gravamos, e lançamos como nosso primeiro
7". Um pouco prematuro, mas... A banda inicialmente se chamava Gash, mas
decidimos mudar o nome. Eu sugeri Spasm, mas já havia uma banda na costa leste
com esse nome, então sugeri Spazz, e combinou."

Dodge: "O
fato de que o meu selo foi chamado de Slap A Ham é a prova de que eu sou um
bobão. Quando eu estava começando minha gravadora, eu me lembro de pensar o
quão engraçado seria se algumas das bandas mais brutais do mundo todo queriam
estar em um selo com um ridículo e inofensivo nome. Uma grande parte do humor
do Spazz foi resultado de tédio. Estávamos cansados de como tudo era genérico
na cena, então muitas de nossas letras eram referências da cultura pop e piadas
sobre os nossos amigos e acabou soando coisas sem nexo, porque ninguém além de
nós tinha alguma idéia do que estávamos falando."

Também
em 1993 nasce o Apartment 213 em Ohio, provavelmente a primeira banda
considerada power violence a romper a fronteira estadual da California. Boa
banda com muita influência de Man Is The Bastard, inclusive fazendo algumas
músicas mais experimentais e com letras inspiradas em assassinos em série. A
banda continua viva e seu álbum mais recente foi o split com o Nothing Is Over,
de 2010. Seu melhor álbum, ao meu ver, é o Cleveland Power Violence (2006), mas
também recomendo o 93-97, com a discografia deste período.


Em
1995 R.D. Davies (bateria) e Matt Domino (guitarra e baixo) do Infest se reunem
e gravam o instrumental das músicas para o LP No Mans Slave que mais tarde, em
2000, teve o vocal gravado por Joe Denunzio e foi lançado somente em 2002. Um
álbum póstumo, já que o Infest não estava mais ativo mas ainda assim excelente.
Felizmente retornaram em 2013 e estão fazendo shows. Além de Matt Domino e Joe
Denunzio da formação original, estão também Chris Dodge e Bob (Lack Of
Interest, Deep Six), respectivamente no baixo e bateria, formando uma espécie
de Dream Team do power violence.
Felizmente
com a tecnologia atual, os seus shows estão sendo registrados em vídeo com boa
qualidade e podem ser acessados em sites como Youtube e Vimeo. Além disto, a
Draw Blank, selo de Matt, lançou o EP Days Turn Black com quatro músicas
inéditas gravadas em 1995, incluindo Why Be Somehing That You're Not? do
Negative Approach.
Menos
conhecido que as demais bandas californianas da época, o Evolved To
Obliteration, que chegou a ter uma passagem de Max Ward (Spazz) nos vocais,
fazia um ótimo som. Seu primeiro EP foi o split com o No Less, que saiu em 1994
pela 625 Thrashcore, o selo de Max. Além deste, lançaram o EP (1995) e o split
EP com o Taste Of Fear (1996).
Falando
em No Less, banda que considero mais voltada para o grindcore, não pode-se
deixar de notar uma boa influência do power violence. Nasceram em 1993 e um
álbum recomendado é a discografia Lessons '93 -'98 de 2004.
Outra
bandas que merecem ser mencionadas e que atuaram durante a segunda metade dos
anos 90, são a Jenny Piccolo da Califórnia e o They Live, de New York, esta com
bastante influência do Infest.
O
power violence viveu seu auge na primeira metade dos anos 90, com a Slap A Ham
lançando praticamente tudo. Depois disso as bandas começaram a encerrar as
atividades. No Comment e Crossed Out já haviam terminado em 1993, em 1996 foi a
vez do Infest parar novamente, em 1997 foi o Man Is The Bastard, que seguiu
como Bastard Noise com uma proposta mais experimental. O Spazz terminou em
2000, época em que Apartment 213 e Despise You também já não estavam mais
lançando nada, porém voltariam anos depois.

O
Lack Of Interest, depois do seu ótimo álbum Trapped Inside de 1999, lançaria
seu próximo disco apenas em 2006 e desde então vem lançando alguns splits e
tocando ao vivo. O
Capitalist Casualties também continuou e segue até hoje lançando muitos álbuns,
embora o início dos anos 2000 não tenha sido tão produtivo em relação à
lançamentos. Dos
integrantes destas clássicas bandas foram aparecendo novas bandas. Uma não tão
nova é o Low Threat Profile, formada em 1996, mas só à partir de 2010 começaram
a lançar seus álbuns. Antes disso a banda já havia aparecido nas coletâneas
Reality Part #4 CD/LP (2002, Deep Six), California Thrash Demolition CD (2004,
625 Thrash) e Socal Thrash Demolition 7" (2004, 625 Thrash).
Em
2010 lançaram um EP chamado Product #1, contando com gravações de 2001 e o LP
Product #2, com gravações de 2000 e a adição do vocal em 2010. Nestes álbuns a
banda contava com a luxuosa formação com Andy Beattie (No Comment, Man Is The
Bastard) no vocal, Matt Domino (Infest, Neanderthal) na guitarra e Bob (Lack of
Interest) na bateria, combinando especialmente a sonoridade do No Comment com o
Infest. A
banda já sofreu algumas mudanças na formação, também com passagens de Chris
Dodge e Joe Denunzio.
O To
The Point é uma das mais novas preciosidades do powerviolence californiano,
contando com os onipresentes Chris Dodge, desta vez nos cavernosos vocais e
Bob, na bateria. O som é na linha do Lack Of Interest, inclusive tendo
praticamente a mesma formação. É o caso de Bob, Kevin Fetus e o próprio Chris
Dodge. Além dos três, também temos Dustin Johnston do Marion Barry na formação.
A sonoridade, além de bases rápidas com constantes mudanças, ainda tem algumas
passagens mais melodiosas na guitarra em algumas músicas mas com ótimo
resultado.
O To
The Point já lançou os EPs Success In Failure, Mentally Checked Out, um split
com o Yacopsae, todos estes de 2012. Em 2013 também lançou o split EP com o
ACxDC, e um split LP 10" com o Pick Your Side.
Muito
se discute sobre o que é ou não power violence. Nem todas bandas anteriormente
citadas tinham um som semelhante, como o caso do Capitalist Casualties que soa
muito mais como uma banda de thrashcore, mas ainda assim é considerada por
todos como power violence, talvez por ser visto mais como um movimento do que
apenas um estilo de som. Alguns dos antigos, como Eric Wood, considera apenas
estas primeiras bandas como realmente power violence, embora também credencie
assim o Endless Blockade do Canadá. De fato esta classificação não é mais
importante, e sim que ainda surjam bandas com aquele espírito do início dos
anos 90. Porém, atualmente existem muitas bandas se denominam ou são referenciadas
como power violence e que não as vejo desta forma. Mas se faz ou não parte do
gênero, não é o mais importante.
Wood: "Um
monte de bandas que pensam que são powerviolence hoje, eles não são merda
nenhuma. As duas que existem hoje, porque recebem o aspecto psicológico do
mesmo, são Apartment 213 de Cleveland e o Endless Blockade de Toronto. Eles
entenderam totalmente a ideia. Isso é powerviolence."
Fim!
----------------------------------------------------------------------------------
Fonte: [interview] An Oral History of Powerviolence
Algumas traduções retiradas do blog Mutante Irracional
______________________________________________________________________________
O que é isso? Power Violence... by Robinho (Mutante Irracional)
Nem
precisamos ler sobre o estilo para poder defini-lo, não é? Pra isso temos
nossos belos ouvidos. Muitas variações de tempo, passando por partes arrastadas
(sludge), blast-beats, vocais urrados, músicas curtas. Surgiu praticamente no
final dos anos 80, na Califórnia, EUA.
Para um entendimento mais profundo sobre o que diabos é power violence, quando esse nome foi mencionado, as bandas, vou colocar aqui alguns textos (traduzidos por mim) escritos por quem realmente presenciou a ascensão do PV.
Vamos lá!
*Textos extraídos de "An oral history of powerviolence. Awesome interviews".
AN ORAL HISTORY OF POWER VIOLENCE
Tradução e adaptação: Robinho Santos
WHERE'S THE UNITY? (ONDE ESTÁ A UNIÃO?)
Infest
Virtualmente, todos citam o INFEST, de Valência, CA, como sendo a influência primária no som
que se tornaria conhecido por power violence. O INFEST fundiu o hardcore youth-crew da época (1986) e o proto-grind fastcore da banda SIEGE, coisas do IMPACT UNIT, PANDEMONIUM (da Holanda, 1981-1986) e THE NEOS, e isso se transformou numa explosão sonora inquestionávelmente curta e violenta! Durante o INFEST, o guitarrista Matt Domino começou a tocar com Eric Wood (Pissed Happy Children) na banda NEANDERTHAL, que citou pela primeira vez o termo "power violence".
Eric
Wood (PHC, Neanderthal, Man Is the Bastard, Bastard Noise): Morando no sul
da Califórnia,
eu
tive sorte de ver o INFEST tocar várias vezes. Eles eram muito foda! A primeira
demo tinha uma qualidade sonora primitiva, mas você podia sentir que tudo
estava ali, a emoção e a velocidade. Eram uma grande banda e todos os amavam!
Uma pena que ela acabou!
Eric Wood
Eric Wood
Algumas partes do 7" 'fighting music' do NEANDERTHAL pegaram os tempos e os durações dos sons do Grindcore ("built for brutality", 16 segundos), mas sem as influências Metálicas óbvias das bandas Grind da Earache. As partes rápidas devem muito ao hardcore punk, enquanto o metal influenciou as partes arrastadas e pesadas, e também partes progressivas.
Chris Dodge (Spazz, Despise You, Slap a Ham Records): Eu vi o INFEST pela primeira vez em 1988. Ninguém sabia quem eles eram e eu acho que muita gente ficou confusa. Eles eram mais sérios e rápidos que muitas bandas, mesmo em 1988. Eu realmente gostava deles, e catei a demo logo depois.
Chris Dodge
Chris Dodge, antigamente tocava nos "punks engraçados" do Stikky, em Berkeley, começou um selo DIY chamado SLAP-A-HAM, depois de sair da banda de hardcore melódico NO USE FOR A NAME, em 1989. Discos dos MELVINS e FU MANCHU estavam entre os primeiros lançamentos da Slap-A-Ham, junto com PISSED HAPPY CHILDREN e NEANDERTHAL do Eric Wood. Logo depois, Slap-A-Ham estava lançando discos de quase todas as bandas associadas ao "florescer" do power violence.
Evan Garner (Burned Up Bled Dry): Eu acho que o power violence representou o lado DIY (faça você mesmo) do grindcore, bandas como nós que cresceram ouvindo Black Flag, D.R.I. antigo, C.O.C. antigo, coisas do tipo, enquanto o Grindcore representou uma lado mais death metal, o lado NAPALM DEATH - não que o "Scum" não seja um dos meus albuns preferidos! É mais uma parada punk do que uma metal: shows em porões, ética DIY, poucos mas perfeitos discos.
Eric Wood: O "Kubby Hole" em Pomona, CA, onde o NEANDERTHAL ensaiava, foi o lugar onde "power violence" foi dito pela primeira vez, no final de 89. Devo dar todos os créditos a Matt Domino. Nós estávamos falando algo do tipo, "Precisamos entrar com nossa própria parada, Não queremos ser agrupados no hardcore, punk, nenhum outro gênero. Queríamos aparecer com nossa própria descrição do nosso som, e do nada Matt Domino disse "fuckin' power violence" [ficaraia mais ou menos assim dizendo em português "POWER VIOLENCE, PORRA!"] E então ficou assim "west coast power violence" (power violence da costa oeste). Tentamos dar um senso de humor, tipo "nossa localização geográfica é melhor que a sua", e também passar uma imagem bem séria e brutal.
NEANDERTHAL por fim se transformou no MAN IS THE BASTARD, um conglomerado massivo de múltiplos baixistas e vocalistas, coisas eletrônicas, imageme slogans iconográficos, e uma plataforma radical pró-animal, pró-natureza e pró-fêmea.
"H.S.M.P." ("Hispanic small man power"), do split com a banda AUNT MARY, recontou os eventos do primeiro show do MAN IS THE BASTARD, e a primeira vez em que foi dito "power violence" como sendo um movimento.
Eric Wood: Naquela noite, havia muita besteira sendo falada e muitas brigas em uma área do público. Esse pequeno homem hispânico, um cara Ranchero [expressão que americanos usam para homens hispânicos, de fazendas, ranchos, tipo um caipira] estava no bar, todo tranquilo, se levantou a foi até a microfone (não sei como ele conseguiu pegar o microfone, mas enfim) e disse "Por favor! Por favor! Todos devemos ser amigos! Ele entrou dentro desse clima violento em uma tentativa de acalmar a todos, e realmente conseguiu. Ele conseguiu quebrar o clima tenso no show sendo um estranho se jogando no meio de um grupo estrangeiro e espalhando boas maneiras. Quando (Aaron) Kenyon viu isso, ele surtou! Nisso, Kenyon citou o quinteto première Power Violence que dava forma ao movimento: CROSSED OUT, NO COMMENT, MANPIG, CAPITALIST CASUALTIES, MAN IS THE BASTARD. Essas eram as bandas que existiam e que eram power violence. [veja que o Capitalist Casualties ainda existe!]
PORRA! VAMOS MATAR TODO MUNDO
Durante o começo dos anos 90, novos selos como SIX WEEKS, PESSIMIZER e SOUND POLLUTION se juntaram a SLAP-A-HAM nos lançamentos de bandas que eram inspiradas pela primeira onda do power violence, incluindo a própria contribuição do Chris Dodge, SPAZZ. Slap-A-Ham lançou vários clássicos do gênero, incluindo o magnífico 7" 'downsided' do NO COMMENT, o verdadeiramente bizzarro "Drome Triler Of Puzzle Zoo People do GASP, e as coletâneas"Bllleeeeaaauuurr-rrgghhh!" que espremeram mais de 70 bandas em um único 7".
O primeiro das seis edições anuais do festival FIESTA GRANDE (na Rua Gilman, 924, em Berkeley-CA) se deu no dia 2 de Janeiro de 1993, contando com ASSÜCK, MAN IS THE BASTARD, NO COMMENT, CROSSED OUT, CAPITALIST CASUALTIES e PLUTOCRACY. As subsequentes escalações de bandas incluíam Grindcore (PHOBIA, DISCORDANCE AXIS) e Sludge (CAVITY, NOORGRUSH), mas sempre rolavam bandas de Power Violence. MAN IS THE BASTARD tocou nos primeiros quatro eventos; CAPITALIST CASUALTIES tocou em todos.
Chris Dodge: A maioria das bandas de Power Violence não tinham muitos locais pra tocar e costumavam ficar de fora de muitos outros shows punk. Acho que O CAPITALIST CASUALTIES tocou com o Green Day algumas vezes, e isso te dá uma idéia de como era o clima da cena punk daquele tempo. ASSÜCK estava em turnê e Ken Saunderson estava reservando o Gilman naquela época. Eu estava falando com ele sobre arrumar algumas bandas power violence locais pra tocar com eles, e acho que foi o Ken a pessoa que sugeriu em fazer uma amostra das coisas da Slap-A-Ham. Foi a primeira vez que estas bandas tocaram todas juntas, e elas estavam finalmente criando sua própria cena.
Chris Dodge: Eu estava querendo começar uma outra banda thrash como um louco, mas não conhecia ninguém que estava livre pra começar uma, isso até depois do primeiro Fiesta Grande. Max Ward do PLUTOCRACY citou uma banda de fastcore que ele estava começando junto com o Dan Bolleri do SHEEP SQUEEZE, e disse the eles precisavam de um baixista. Max e Dan já tinham feito 10 sons. então nós ensaiamos eles uma vez, gravamos, e lançamos como nosso primeiro 7". Um pouco prematuro, mas... A banda inicialmente se chamava GASH, mas decidimos mudar o nome. Eu sugeri SPASM, mas já havia uma banda na costa leste com esse nome, então sugeri SPAZZ, e combinou.
SPAZZ era tão brutal quanto qualquer outra das outras bandas de Power Violence, mas ao contrário das políticas do MAN IS THE BASTARD ou do ódio pessoal do CROSSED OUT, eles encheram seus discos com referências aos filmes de kung-fu e skate, participações do Kool Keith e um banjoísta, e toneladas de piadas internas.
Enquanto SPAZZ se tornava popular e Fiesta Grande se tornava um vento anual, bandas de power violence começavam a aparecer em outras partes do país e, por fim, em outras partes do mundo.
Beau Beasley (Insect Warfare): De todas as bandas da primeira onda do power violence, NO COMMENT é a que teve mais impacto em mim. Eles pegaram todas as coisas que eu amava no D.R.I. e então explodiram isso na velocidade da luz. Das grande quatro bandas são a menos discutida, mas eles sempre serão minha banda favorita. Bem, eles e o CROSSED OUT, é claro. CROSSED OUT é o deus obscuro do power violence.
SWEATIN' TO THE OLDIES
Se um movimento que na verdade nem era um movimento, e tinha oficialmente somente uma porção de bandas, pode chegar a um fim, então o power violence chegou ao seu fim no final dos anos 90. MAN IS THE BASTARD acabou oficialmente em 1997. O ano seguinte marcou o fim do Fiesta Grande, O último lançamento do selo Slap-A-Ham ("malignat", do OTOPHOBIA), e o último show do SPAZZ. GASP, BLACK ARMY JACKET and inúmeras outras bandas acabaram no mesmo período. O pós-spazz, Chris Dodge estava fazendo música experimental, colaborando com Dave White no East West Blast Test, e mais recentemente se juntou ao rescém reformulado DESPISE YOU. Eric Wood toca no BASTARD NOISE com o Henry Barnes e Bill Nelson.
O power violence, então, teve duas fases antes de "morrer", no final dos anos 90.
A primeira onda contava com as bandas que praticamente começaram tudo: INFEST, NEANDERTHAL, MAN IS THE BASTARD, NO COMMENT, CROSSED OUT, CAPITALIST CASUALTIES, MANPIG (recentemente eu descobri que essa banda nunca teve nada lançado, mas há gravações da época registradas, e o selo Deep Six falou que vai lançar esses sons, só não se sabe quando).
A segunda onda contava com as bandas: SPAZZ, LACK OF INTEREST, DESPISE YOU, CHARLES BRONSON, APARTMENT 213, MK-ULTRA, NO LESS.
Aliás, o Eric Wood ainda disse o seguinte:
"O power violence está morto. Qualquer um afirmando "power violence" pra si mesmo é câncer."
Não sei em que condições ele disse isso, mas várias bandas surgiram após a suposta morte do power violence. Posso citar as bandas HOY PINOY, BASTARDASS, IRON LUNG, HATRED SURGE, MIND ERASER, AxRxMx, ASSHOLE PARADE, WEEKEND NACHOS, FINAL DRAFT, GET DESTROYED, EXTORTION (Austrália), KNUCKLE SCRAPER, XBRAINIAX, GODSTOMPER, MINDLESS MUTANT (o Max Ward tocou bateria nessa incrível banda, que durou apenas um 7"), THE ENDLESS BLOCKADE (Canadá), KALI (Canadá), ULTIMATE BLOWUP (Turquia), dentre várias outras.
No Brasil, até onde pude enxengar, as bandas pegaram muita coisa da barulheira thrash japonesa (FUCK ON THE BEACH, SLIGHT SLAPPERS, FLASH GORDON, por exemplo), algumas barulheiras européias (YACÖPSAE, SANITYS DAWN, VOMIT FOR BREAKFAST, por exemplo) e espremeram nas peculiaridades do power violence. E o resultado saiu perfeito!
E o estado do Espírito Santo ainda fez escola aqui no Brasil, quando o assunto era bandas rápidas. O 4way "VILA VELHA NOISE BEACH" lançado pela LAJA RECORDS eu já considero um clássico da barulheira brazuca! AJUDANTI DI PAPAI NOEL (rip), CHUCK NORRIS (rip), JAZZÜS (rip), SEM DESCANSO (rip), TERNURA (no 3way "thrash it"), são alguns exemplos de bandas oriundas do ES. Outras bandas excelentes são o LA REVANCHA (rip) [[O Xopô (batera) me contou uma vez que, o Shawn, vocalista do CAPITALIST CASUALTIES, mandou um email pra banda e disse que se eles viessem tocar aqui no Brasil, queria o LA REVANCHA tocando com eles!!!]] o DxDxEx, ABRAVANEL e o ISABELLA SUPERSTAR de SP, o CÄTÄRRO do RN, o DERCI GONÇALVES do Pará, XAMORX e CÜ SÜJO do RS, o ATAQUE PERIFÉRICO (nos primeiros discos) do RJ.
Bom, se o power violence, como um movimento, está mesmo morto, então ele ainda vive no coração de muita gente. Ainda bem!
______________________________________________________________________________
É isso jovxs, façam a impressão desta maravilha do power violence e compartilhe com os amigxs!!
R.I.P. Allan!
R.I.P. Allan!
Grande abraço ^^
Nice post!
ResponderExcluirnamakkal egg suppliers
namakkal egg dealer
egg manufacturers in namakkal
é roock na veia https://herofactory.com.br/como-desenhar-o-fantastico-jaspion-professor-irlayne-silveira/
ResponderExcluir